Quantas vezes você já ouviu ou pronunciou a frase: Talento? Eu não tenho nenhum…

Será mesmo que não? Talento nada mais é do que aptidão, capacidade, habilidade ou disposição para realizar algo. É uma inclinação natural para executar uma ação, uma tarefa pontual ou um trabalho.

Todos temos talento. Ocorre que nem sempre estamos direcionando os nossos para a atividade mais adequada a eles.

Quantas vezes não nos pegamos pensando, “ah… bem que podia ser sexta-feira, pois aí sim posso fazer o que gosto”, ou “não vejo a hora de minhas férias e/ou aposentadoria chegarem…”?

Claro que precisamos de descanso, trabalhamos e merecemos nosso lazer.

O que estou falando é sobre passar a vida esperando a sexta-feira, o final de semana, as férias, a aposentadoria, por se encontrar desmotivado com seu estado atual, ou seja, sem motivos para levantar da cama pelas manhãs e realizar suas atividades.

O que tenho percebido é que as pessoas vão seguindo o fluxo da vida, aceitando o que vem pela frente e depois reclamam que não estão felizes e satisfeitas com os resultados que obtêm.

Será mesmo que essas pessoas estão aproveitando bem seus talentos? Será que elas conseguem reconhecê-los? Ou vão passar a vida executando atividades que não condizem com suas habilidades ou em ambientes que não lhes proporcionam crescimento e desenvolvimento, insistindo numa situação frustrante, pois têm medo das mudanças, vivendo na tão falada zona de conforto?

Uma coisa é fato, mudanças são inerentes à vida. Elas acontecem a todo momento, a gente querendo ou não, gostando ou não. A natureza e as pessoas estão em constante mudança, aceitar que isso é um ciclo natural da vida nos alivia, pois se adentrarmos nesse fluxo iremos nos renovar também.

Para sairmos dessa situação é muito importante uma reflexão sincera sobre o que gostamos de fazer. O que fazemos bem. De que forma podemos contribuir com as pessoas, a sociedade e o mundo.

O mercado de trabalho mudou muito e precisamos mais do que nunca nos adaptar. Antigamente, era comum que profissionais se mantivessem em empresas por longos anos e serem reconhecidos por isso. Hoje, é preciso trabalhar para ser empregável, mais que isso, é preciso se conhecer para identificar se estamos exercendo nosso papel adequadamente ou se é hora de mudar.

Texto publicado também na revista digital Executiva News