Para falar de saúde mental, é importante falar de transtornos mentais, pois esse termo ainda vem carregado de muito preconceito. Muitas vezes, já imaginamos cenas de pessoas que precisam ser hospitalizadas e distanciadas do convívio social. Mas, a saúde mental não envolve apenas transtornos que necessitam de hospitalização.

Há muito mais a ser entendido sobre isso. Muito preconceito a ser combatido e muito paradigma a ser rompido!

É importante lembrar que a saúde de nosso corpo físico, depende de uma mente sã.

Se você não consegue manter uma rotina amiga da sua saúde mental, provavelmente já percebeu que alguns sintomas físicos e emocionais começam a dificultar suas atividades diárias.

O que é uma rotina amiga da saúde mental?

Procurar manter um equilíbrio entre as áreas da vida e perceber que elas se complementam e que uma sustenta a energia da outra é um importante passo.

Desenvolver autoconhecimento e buscar refletir sobre autocobranças, comparações, ter momentos de autocuidado e começar a definir prioridades na sua vida pode trazer mais clareza do que está interferindo no seu emocional.

É importante lembrar que para cuidar do outro, é preciso cuidar da pessoa mais importante da sua vida. A que fica no centro!

Olhe para imagem a seguir e veja como está cada uma delas hoje e pense em pequenas mudanças que podem ser realizadas em busca de mas saúde.

Quando sei que preciso cuidar de minha saúde mental?

Se o manejo de suas emoções está comprometido, ou seja, você não sabe lidar com a raiva, a tristeza, o medo e isso traz frustração, irritação, ansiedade, isolamento, culpa… é possível que haja algum transtorno mental se instalando. Pois ele desencadeia desequilíbrio emocional persistente e se manifesta em alterações comportamentais e físicas.

Momentos esporádicos de tristeza ou desânimo não são indicadores de doença, mas se eles se repetem há mais tempo (mais de duas semanas seguidas), talvez seja hora de repensar seus hábitos ou buscar ajuda especializada.

Pergunte-se:

Como estou me sentindo? Estou animado ou desanimado? Tenho pensamentos que me consomem? Meu rendimento no trabalho ou nos afazeres em geral se alterou? Estou sem momentos de descontração e descanso? Tenho dormido muito menos ou muito mais do que estava acostumado? Como anda minha alimentação?

Aprender a nomear o que sente é o primeiro passo, pois isso traz clareza sobre as emoções. Esses questionamentos lançam luz aos nossos estados de ânimo, aos quais, muitas vezes, não nos atentamos. Outra prática aliada ao manejo das emoções é a auto-observação, estar atento às sensações e ao que cada emoção provoca no corpo. Além disso, sintomas físicos também são sinais de alerta.

Por exemplo, nos casos da depressão: dores generalizadas, cansaço, sensação de fadiga, sensação de não estar rendendo, falta de concentração, a memória que começa a falhar, insônia ou sono excessivo, falta ou excesso de apetite e sensação de que os pensamentos não fluem no mesmo ritmo, são um misto de sintomas físicos e psíquicos.

É importante, também, observar se há uma relação desproporcional entre o esforço que é desprendido para realizar uma tarefa e o resultado conseguido.

No caso da ansiedade, as queixas são: opressão no peito, inquietação, insônia, tremores, suor, dificuldade para se concentrar, respiração ofegante. Tudo isso, independentemente de um estímulo ou de uma situação de tensão específica.

Veja alguns dos principais transtornos mentais:

  • Transtornos de humor (depressão e bipolaridade)
  • Transtorno ansioso (ansiedade generalizada, ansiedade social, ansiedade de desempenho, transtorno de pânico, ansiedade de doenças, estresse pós-traumático, fobias)
  • Transtornos alimentares
  • Transtorno obsessivo compulsivo
  • Transtornos psicóticos (esquizofrenia, por exemplo)
  • Transtorno por uso de substâncias lícitas (álcool, tabaco, remédios para dormir) e ilícitas (drogas recreativas)

Vale destacar que os transtornos mentais abalam a autoestima e a autoconfiança, pois como vimos, alguns sintomas atingem a capacidade de organização e o modo como levamos a vida. Por isso é tão importante a auto-observação e a autoanálise acerca de nosso estilo de vida.

Muitas vezes, pequenos ajustes na rotina, mudanças de hábitos e um estado de presença mais efetivo na execução das atividades já melhoram a saúde.

Porém, dependendo dos sintomas, a ajuda de um profissional especializado é sempre importante, isso pode compreender um profissional para tratamento terapêutico e muitas vezes, um psiquiatra, para o uso de medicamentos que vão regular a química cerebral no manejo do desconforto.

Buscar ajuda é sinal de autocuidado, não deixe que o preconceito afete seu bem-estar.