Quando estabelecemos um objetivo e nos vemos presos, sem conseguir dar andamento às ações para sua realização em razão do desânimo, da inércia ou da procrastinação é possível que estejamos acionando processos internos de autossabotagem.

Muitas vezes, por medo de falhar ou de não sermos aceitos, escolhemos, mesmo que inconscientemente, não mudar e não sair da zona de conforto. Geralmente, mobilizados por nossos sabotadores internos, que podem ser de dor ou prazer. Isto é, podemos estar valorizando o que perdemos ou ainda o que ganhamos ao não atingir nosso objetivo.

É interessante, nesse momento, uma autorreflexão sincera em busca de ampliar nossa percepção, para tomar consciência dos ganhos secundários que nos mantém na inércia.

Para isso, aqui vão alguns questionamentos:
  • O que posso fazer para minimizar possíveis perdas?
  • O que é possível começar a fazer para dar os primeiros passos em direção de meu objetivo?
  • O que eu já faço, mas que poderia ser intensificado para me aproximar um pouco mais de meu objetivo?

Se ainda assim, a ação fica comprometida, outra causa provável é estarmos nos desafiando além de nossas forças; acessando emoções e sentimentos que ainda não estamos prontos para encarar. Assim ao sair de nossa zona de conforto, não nos colocamos em uma zona de crescimento e aprendizado e sim num ambiente que nos fere, ou seja, vamos para a zona de risco e medo.

Nesse momento, é fundamental procurar exercer nosso autocuidado, isto é, abraçar nossa dor e nossos medos, aceitando que eles estão presentes. Permitindo-nos entrar em contato com eles, apenas sentindo, percebendo-os e dando a eles lugar dentro de nós. Tendo consciência do espaço que ocupam, pois quanto mais tentarmos fugir deles, buscando eliminá-los, mais eles viverão em nós, uma vez que sabemos o quão desafiador é controlar o que sentimos.

Para coordenar melhor esse momento de dor, sugiro outro exercício, a Matriz de Ação.

Começando pelo lado direito inferior: 1) “o que é importante para você”, 2) “o que você pode fazer para se aproximar do que é importante para você?”, agora no lado esquerdo inferior, 3) “que emoção negativa aparece nesse momento (obstáculos internos)?” e 4) “como você foge dessas emoções, o que você faz para se afastar desses obstáculos internos”?.

A parte de baixo do gráfico, diz respeito ao que está internamente, em nossa mente. A parte de cima, está relacionada às nossas ações. O lado direito, fala sobre o movimento que devemos seguir e o lado esquerdo, descreve o situações que buscamos distância.

Esse exercício pode nos ajudar a iniciar pequenas mudanças em nosso comportamento, permitindo-nos avaliar antecipadamente alguns riscos e gerar novos contextos de atuação.

Porém, o mais efetivo para que se avance na realização de objetivos é ter clareza do que se quer. Tendo certeza de que o que buscamos é fruto de nossa vontade e não de influências externas ou de pessoas a nossa volta.

Esse entendimento é conseguido através exercícios de auto-observação, meditação, autoconhecimento, reflexão e autodisciplina, que juntos nos auxiliam num caminho de transformação e evolução.

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