Inteligência emocional é um conceito desenvolvido pelo psicólogo Daniel Goleman que diz respeito a como os indivíduos identificam e gerenciam suas emoções. É a capacidade de conseguir nomear a emoção sentida, ter poder de decisão e escolha consciente e ser capaz de agir assertivamente.

Quando conseguimos reconhecer nossas emoções nos tornamos auto responsáveis pelo que sentimos e por nossas ações e comportamentos e deixamos de culpar as situações externas, as quais, muitas vezes, não temos controle de ação ou mudança.

A auto responsabilidade promove a percepção de que está em nossas mãos o poder de agir sobre nossas emoções, deixando de ser vítimas das circunstâncias. Gerenciar as próprias emoções passa por desenvolver uma visão ampla do contexto com o qual interagimos.

Vivemos em busca de manter nosso poder pessoal e quando nos deparamos com situações de confronto, deixamos vir a tona nosso lado reativo e, muitas vezes, usamos nossas emoções de maneira negativa, nos colocamos na defensiva a fim de defender nossa posição e acabamos por perder nosso equilíbrio emocional.

Quando apenas reagimos estimulados pelo externo, deixamos de exercer nosso poder.

Geralmente, reagimos de acordo com a circunstância, a intensidade, a situação ou o estímulo que recebemos e acionamos uma das cinco emoções consideradas básicas, de acordo com o médico psiquiatra Eric Berne.


Vale ressaltar que nenhuma dessas emoções pode ser classificada como boas ou ruins. Cada uma delas exerce uma função em nosso sistema nervoso.

A emoção é uma reação instintiva, que nasce na mente inconsciente, passa pela percepção mental em frações de segundos e desencadeia reações orgânicas (liberação de hormônios), que culminam em sensações físicas (sudorese, arrepios, tremores, etc.)

Emoção vem do latim emovere, ‘mover para fora, tirar ou afastar do movimento’, portanto, toda emoção que percebemos e usamos de forma negativa, existe para nos ajudar a movimentar algo em nossa vida, a mudar o que não está bom ou que está em desequilíbrio.

Os alicerces da Inteligência emocional são:
  • A identificação de nosso padrão de comunicação interna,
  • O autoconhecimento,
  • O autocontrole,
  • O propósito.

Assim, o primeiro passo é descobrir como anda sua comunicação interna. Qual é a forma que você vem se comunicando consigo mesmo? Que tipo de diálogo você tem consigo? Cobranças, dúvidas, inseguranças, culpas? Saiba que a maneira como você se comunica internamente influenciará sobremaneira sua comunicação externa.

Portanto, a auto-observação é fundamental. Identificar os padrões de pensamentos, os diálogos internos e de que forma estamos nos tratando e ir aos poucos questionando e alterando esses padrões, usar um caderno de anotações é um exercício muito válido para tomar consciência e efetuar mudanças.

O segundo passo, é um processo de autoconhecimento. Identificar quem nós somos, do que gostamos, o que fazemos bem, nossas habilidades, dificuldade e valores.

Isso colabora com a tomada de consciência de nossa ESSÊNCIA, que é quem nós somos de verdade e a partir daí, podemos partir para o terceiro tópico que é o autocontrole. Uma vez que eu tenha conhecimento do que penso e de quem eu sou, as circunstâncias externas deixam de ditar as regras.

Eu posso identificar numa situação de conflito que o comportamento do outro pode ser apenas um desequilíbrio dele e que sua atitude não tem nada a ver comigo pessoalmente.

Tudo isso só é possível quando está apoiado num propósito, que é o que dá significado e objetivo a nossa vida.

Quando temos consciência do que queremos para nós, agimos motivados a transformar nossas atitudes para atingirmos o melhor que podemos ser. Temos um motivo claro que nos impulsiona em na direção de nossos objetivos.

Para alçar voos mais altos, requer se desapegar de verdades emprestadas, de bagagens desnecessárias e de sentimentos contaminados.

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