FoMO, FoLO, SPA – como estamos sendo afetados pela tecnologia?

Como vimos anteriormente, nosso cenário BANI abriu espaço para inovações, tendências, mudanças e está repleto de desafios.

Diante da conexão constante com as redes, em 2000, o norte-americano Dan Herman cunhou a expressão FoMO (fear of missing out). Ou seja, o medo de ficar de fora, de não conseguir acompanhar as atualizações ou participar dos eventos que estão acontecendo. É aquela curiosidade incontrolável de acompanhar cada postagem ou notícia e se sentir mal quando tem a sensação de estar perdendo algo.

FoLO (fear of logging off), ou medo de viver offline, se desconectar. Muitas vezes, também caracterizado pela necessidade de valorização através de curtidas e quantidade de seguidores.

Além desses, outros distúrbios surgem ou se agravam:

  • Tensão nos olhos, pelo uso constante de telas,
  • Tendinite, pela digitação constante e o manuseio de smarthphones
  • Perda auditiva, pela exposição continuada aos fones de ouvido
  • Cybersickness, ou náusea digital, ocorre quando há sensação de desorientação ou enjoo pelo uso continuado do rolar de telas. Ela pode causar sintomas como náusea, tontura, irritação, cansaço nos olhos e dores de cabeça.
  • Insônia, causada pela exposição à luz dos celulares e à agitação que o acesso a informações provoca na mente próximo ao horário de dormir.
  • Nomofobia (non-mobile), o medo de ficar sem o aparelho celular, esquecê-lo em algum lugar ou que a bateria acabe.
  • Cibercondria, tendência em se autodiagnosticar, acreditando em informações sobre doenças pelas pesquisas realizadas na rede.

Além desses, temos as já conhecidas doenças relacionadas à mente.

  • Síndrome do pensamento acelerado, SPA, expressão criada pelo Dr. Augusto Cury, psiquiatra, caracterizada por uma elevada atividade intelectual, excesso de informação, pressão no trabalho e nos estudos e o uso exagerado da tecnologia, levando ao estresse que afetam a mente, levando à ansiedade, irritabilidade, inquietação, oscilação de humor, lapso de memória, dificuldade em planejar, executar tarefas ou raciocínio lógico, insônia, cansaço excessivo.
  • Ansiedade: resposta natural do organismo como função adaptativa e protetiva, ou seja, é um mecanismo de defesa no sentido de nos preparar para futuros “perigos”, antecipando qualquer indício de ameaça. Nesse sentido, ela nos ajuda a estar preparado para enfrentar determinadas situações. Porém, pode se transformar em patológica quando sua intensidade aumenta, levando ao sofrimento, ao prejuízo da execução de atividades antes rotineiras, chegando a nos paralisar diante de certas situações. A ansiedade patológica reduz o prazer em viver, dificultando a realização daquelas atividades que antes eram prazerosas.
  • Estresse: mecanismo que coloca nosso sistema em alerta e tensão e se ocorrer de forma constante, pode desencadear outros distúrbios.
  • Depressão: Distúrbio mental caracterizado pela perda de interesse em atividades corriqueiras e que afeta os estados emocionais e de humor, no qual as pessoas sentem uma espécie de apatia, desânimo, pessimismo e tristeza profunda, prejudicando a realização de suas tarefas diárias, afetando as relações pessoais e de trabalho.
  • Síndrome de Burnout: doença ocupacional, gerada por exposição constante a situações estressantes no trabalho e que levam à distúrbio emocional, esgotamento físico e exaustão extrema, desencadeando outros transtornos, como náuseas, alteração de frequência cardíaca e pressão arterial, dores de cabeça, ansiedade, depressão e outros.

Para estar mais preparado para essas situações são necessárias mudanças de hábitos e estilo de vida e autoconhecimento.

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