O que acreditamos ser real sobre algo específico, dita nossa conduta. Crenças são convicções que assumimos como verdades. Elas não são boas nem ruins, apenas são. Quem as determina como tal, somos nós.

Crenças são processos mentais, como programas de computador instalados em nosso cérebro. Assim como nosso hardware processa seus softwares, nosso cérebro processa nossas crenças e interpreta as diversas situações. Elas são as lentes que usamos para decodificar nossa realidade.

Ela nasce internamente e se desenvolve a partir de nossas experiências e nossos valores, isto é, daquilo que adquirimos ao longo da vida e qualificamos como importante e verdadeiro para nós.

Uma crença passa a nos fazer mal e nos afetar, negativamente, a partir do momento que ela trava nosso caminhar. É como se houvesse um limitador em nosso cérebro que dissesse: a partir daqui há perigo, melhor não avançar e uma luz vermelha se acendesse para nos proteger.

Dessa forma, nosso cérebro “racional” passa a agir de forma a não ultrapassar essa barreira, pois isso significaria por em risco aquilo que valorizamos ou a “nossa vida” (num instinto de sobrevivência).

Se formos educados, por exemplo, acreditando que “o sucesso só é alcançado através do trabalho duro” e de alguma forma esse sucesso comece a se manifestar com a execução de um trabalho que trás satisfação, que você considere “fácil”, é bem provável que seus sabotadores internos comecem a se manifestar através de certos pensamentos, como “isso não vai durar muito, logo algo de errado vai acontecer, pessoas com minha formação ou de minha classe social não conseguem sucesso”, entre outros exemplos.

Chamamos esse tipo de crença de limitante, pois ela nos limita e nos impede de ser quem somos em potencial.

Não é possível viver sem crenças, nós precisamos delas, elas nos dão sustentação, o que precisamos é nos questionar quando essas verdades nos paralisam e não permitem que atinjamos nossos objetivos.

Algumas formas de identificar uma crença limitante:

  1. Muitas vezes criamos ilusões e fantasias e acreditamos nelas. Questione-se quanto as suas realidades. “Como eu sei que “isso” é verdade?”, “Por que faço o que faço?”, “O que isso significa para mim?” ou “O que aconteceria se eu não fizesse?”
  2. Você conhece pessoas que personifiquem o contraexemplo de sua crença?
  3. Exercite o expectador, coloque-se observando a situação e vendo-a com olhos neutros.
  4. Desenvolva-se continuamente. Acesse seus valores, suas competências, talentos e habilidades e compare com sua crença.

“As crenças que temos sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o mundo têm um grande impacto sobre a qualidade da nossa experiência. Por serem uma profecia que tem a capacidade de se “auto realizar”, as crenças influenciam o comportamento. Elas podem dar apoio ou inibir um comportamento. Se você se der conta de que a única coisa que o separa daquilo que deseja é uma crença, poderá começar a adotar uma nova crença simplesmente agindo como se ela fosse verdadeira.” (Introdução à PNL)

Texto publicado também na Revista Executiva News.